17 de ago. de 2013

As papagaiadas de Silas Malafaia e a refutação com o professor Fabio Sabino!

"Corporativismo de malandro, um defende o outro. Ou seja, se teus filhos tomam drogas e se prostituem até dentro de sua casa, quem são vocês pra falar mal dos ungidos?? A Teologia do "Não julgueis" e "Teologia do medo" que este senhor usa em suas palavras , como se não pudêssemos discernir o certo ou errado, orientar ninguém só porque erramos também. Psicologia barata esta do Silas."
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http://mulheresabias.blogspot.com.br/2013/08/as-papagaidas-de-silas-malafaia-e_16.html

6 de ago. de 2013

O dízimo é sagrado, mas fraude é pecado

Teo Franco
Não é de hoje que a tentação do homem pregador em pecar é destaque nas manchetes dos jornais, uma vez que o alvo responsável, apontado pelo noticiário, se confunde, sendo aquele que prega o virtual sonegador.
Antes de mais nada, digo que não tenho a intenção de ferir a crença do leitor, pelo contrário, mas trazer um alerta sobre o uso inescrupuloso da genuína fé por parte de espertalhões.
Aliás, o momento é bem oportuno para falar, também, da laicidade do Estado. Dias atrás, com a visita do Papa houve manifestação raivosa por parte do Movimento das Vadias, ocasião, que fizeram questão de insurgir-se no meio dos peregrinos na Praia de Copacabana, de forma ofensiva, mal trajados e quebrando imagens dos santos católicos, em protesto por um Estado laico. Caso fosse alguma marcha religiosa que pregasse contra a união homossexual, prontamente seria tachada de homofobia, discriminação, etc. e tal. Sequer sabem os teofóbicos intolerantes que laicismo não quer dizer ateísmo ou agnosticismo, mas livre de imposições religiosas – como se dá nos países muçulmanos, por exemplo - portanto, deve-se, antes de tudo e sempre, respeitar a livre manifestação religiosa de cidadania, ainda mais pacífica como foi esta dos jovens católicos de toda parte do mundo que visitavam o Brasil.
Embora a Constituição não expresse a ressalva da liberdade de culto, é de senso comum que não haveria imunidade tributária se o culto religioso fosse inaceitável aos nossos padrões culturais. Portanto, a Carta Magna teve o cuidado de proteger a liberdade dos movimentos religiosos, imunizando qualquer tentativa de sufocar a expressão da crença e sua liturgia[i], vedando a instituição de imposto sobre “templos de qualquer culto”, incluindo o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais.
Ocorre que diversas organizações religiosas, possuem braços comerciais ligados à sua atividade fim, porém de caráter estritamente mercantil, tais como, gravadoras, editoras, produtoras de eventos e shows, confecções, escolas (PUC, Mackenzie, Adventista, Batista), rádios e até emissoras de televisão (Rede Vida, Século 21, Rede Gospel, TV Record).
Mesmo reconhecendo que a grande maioria das instituições religiosas, além de inúmeros serviços prestados à comunidade, de idoneidade a toda prova, algumas incorrem no vício de maquiar as atividades paralelas, na maioria das vezes altamente lucrativas, para escapar à tributação. Pior que isso, outras engendram desvios de recursos dos fiéis para empresas de fachada no exterior para, depois, retornar como ‘investimento’ na conta dos líderes da igreja, os quais se acham donos do rebanho, que de pastores não têm nada, somente a pele que esconde o lobo que sustenta o esquema de enriquecimento ilícito.
Portugal, por exemplo, optou por modelo diverso, de isenção que atende somente as comunidades religiosas que oferecem garantia de duração, com mais de 30 anos de existência organizada no país ou mais de 60 anos no estrangeiro (Artigo 37 da Lei nº 16/2001[ii]).
De todo modo, até a megaestrutura secular do catolicismo não escapa de ter figuras proeminentes envolvidas em suspeitas de fraude, corrupção e lavagem de dinheiro pelo Banco Vaticano, como no caso do monsenhor Nunzio Scarano, membro da Administração do Patrimônio da Santa Sé (APSA)[iii]. Especula-se que esse teria sido um dos motivos da raríssima substituição, em vida, do papado.
E por falar em banco, notícia recente, confirma que na compra de 49% do capital social do Banco A.J. Renner S.A, decreto da presidente Dilma Roussef[iv] considerou os compradores - bispo Edir Macedo Bezerra, da Igreja Universal, e sua esposa, através da B.A. Empreendimentos e Participações Ltda. - como investidores estrangeiros e não nacionais.[v] Não é de estranhar que Edir Macedo passou a integrar a seleta lista dos 43 brasileiros bilionários entre os mais ricos do mundo, segundo a Forbes, com uma fortuna estimada em 1,1 bilhão de dólares.
De qualquer forma, não podemos deixar que as mazelas de alguns dirigentes irresponsáveis nos afastem da comunidade religiosa, muito menos de nossa fé, pelo contrário, “ao buscarmos a verdade, seremos verdadeiramente libertos”.[vi]
Afinal, no estado democrático temos o direito de questionar, por vias legais, aspectos de justiça do sistema tributário, porém, não podemos esquecer do virtuoso ensinamento deixado pelo Mestre: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus[vii].
Em tempos difíceis, também podemos buscar exemplos positivos, frente ao abuso do uso de aviões oficiais por parte de políticos brasileiros, o novo Papa chegou ao Brasil em avião comercial, como sinal das mudanças que pretende implementar na organização que preside. Muito diferente de alguns líderes religiosos - que chegam ao cúmulo de autointitularem-se “apóstolos” - que preferem competir com Eike Batista no quesito jatinho particular, inclusive sem IPVA[viii], por enquanto.
Enquanto isso, vale lembrar a conhecida recomendação "Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores”[ix], dada por Aquele que é o Bom PASTOR, muito diferente de quem NÃO pratica aquilo que ensina, o imPOSTOR.

Veja aqui o infográfico do esquema da IURD