20 de jan. de 2013

Fast food do livro

“Pague quanto acha que vale”, diz a placa. 


A promoção, realizada pela empresa 24X7 desde a segunda quinzena de dezembro, está em metade das vinte máquinas de livros instaladas nas estações Palmeiras-Barra Funda, Brigadeiro, Consolação, Trianon-Masp, Luz e Anhangabaú do metrô. 

Na prática, no entanto, não é bem assim. A máquina não aceita moedas, nem dá troco. A cédula de 1 real, que seria o menor valor possível, não é mais produzida no Brasil desde março de 2006, então é difícil encontrá-la em circulação. De acordo com Fabio Bueno Netto, dono da 24X7, quase todas as compras são pagas com notas de R$ 2,00. 

“Recebemos algumas cédulas de R$ 10,00 e duas ou três de R$ 20,00”, conta. Mas Netto não está reclamando: em pouco mais de um mês de campanha, foram vendidos 28 mil exemplares de livros que, em geral, estavam encalhados nas editoras – a média de vendas de meses anteriores é de 11 mil unidades. 

A empresa planeja continuar a oferta por pelo menos três meses e estendê-la a máquinas de outras estações de grande movimento, como a Sé. Desde 2003, a 24X7 vendeu 1,2 milhão de livros no metrô. Nas máquinas em que os livros custam um pouco mais caro, é possível garimpar de vez em quando obras do filósofo alemão Friedrich Nietzsche e guias de como ganhar dinheiro com vendas na internet. 

http://blogs.estadao.com.br/curiocidade/pague-quanto-acha-que-vale-desde-que-seja-2-reais/

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