25 de nov. de 2007

Kindle Amazon - Novo E-Book Reader



by Yuri

Há muitos anos o mundo da Tecnologia discute uma questão constante: existe mercado para um leitor eletrônico de e-books? Em outras palavras, você conseguiria ler toda sua coleção de livros em uma tela, ao invés de impressa em papel?

Em 2006, a Sony achou que sim. E agora, após um projeto de três anos, Jeff Bezos lança uma solução de e-reader no estilo Amazon de ser: o Kindle.

[ Reinventando a fórmula do e-book ]

O Kindle chega pesando 280 gramas, 30 a mais que o Sony Reader. Ambos utilizam tecnologia da e-Ink, um “papel eletrônico” que não possui iluminação posterior (ou seja, cansa menos a vista que uma tela LCD ou CRT). Mas enquanto o Sony Reader era somente um gadget, o Kindle chega com várias novidades para viabilizar sua adoção.
A primeira delas é o foco em ergonomia. O Kindle tenta agilizar a passagem de páginas, e tem características interessantes como fazer “orelhas” em páginas do livro (ao invés de selecionar “Page / Bookmark” em um menu). Além disso, ele é adaptado para diversas “pegadas” de livro, já que as pessoas tendem a mudar o livro de posição e segurá-lo de formas diferentes durante a leitura.

Bezos criticava os e-Readers no passado por precisarem de uma conexão wi-fi para baixarem conteúdo. A solução para o Kindle foi usar o EVDO, um padrão de comunicação wireless já em uso por várias portadoras de celular e compatível com diversos celulares existentes. Para evitar cobrar uma taxa mensal do usuário do Kindle, a Amazon criou a WhisperNet - uma rede EVDO funcionando por cima da rede da Sprint e 100% custeada pela própria Amazon. Resultado? Se você estiver nos EUA, tire seu Kindle da bolsa e ele vai acessar o repositório de livros via Internet - e de graça.

Uma terceira novidade é o preço dos 90.000 livros disponíveis para o Kindle: US$ 9,99 (qualquer semelhança com iTunes…). Para facilitar ainda mais a adoção, se você perder seu livro comprado e armazenado no Kindle, pode baixar uma nova cópia da Amazon de graça. Edições diárias do New York times, Wall Street Journal e San Jose Mercury News, além de revistas e blogs, aparecerão atualizadas durante todo o dia - não em RSS, mas com o conteúdo real entregue ao Kindle.

Para completar, o Kindle vem com o Oxford American Dictionary residente na memória, e acessa a Internet normalmente. Além disso, pode-se marcar pedaços do texto (como uma caneta marca-texto) ou extrair trechos para uso posterior. A bateria dura mais de 24 horas de leitura sem necessidade de carga, existe uma saída para headphone (leia-se ouvir MP3 e arquivos Audible) e o conector USB permite usar o micro para gerenciar o conteúdo do Kindle. Pode-se também expandir sua memória com cartões USB.

[ Conclusões ]

O Kindle chega a um mundo povoado de gadgets como o iTouch, iPhone e mini-laptops… Será que há espaço para um e-reader de tela monocromática, mesmo que sua conexão wireless seja gratuita? A Amazon está apostando tanto que já está vendendo o Kindle. E cá entre nós, todo mundo sabe que ela tem poder suficiente para bancar a solução, mesmo que a operação da nova unidade de negócio seja deficitária.

Em breve os hackers irão divulgar seus cracks para o Kindle, e quem sabe ele se tornará um mini-laptop quase tão versátil quanto o Asus-EEE. Mas e você, compraria um Kindle para ler e armazenar seus livros?
Veja os vídeos de teste do
Sony Reader e do Kindle, compare e tire suas próprias conclusões.

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